quarta-feira, 5 de outubro de 2016

GhostBOSTA!!!


I'm back, baby! YEAH!!!
O Fascista Bulímico, outrora denominado Nihilista de Bordel está vivo! Weeee!

E hoje venho falar de uma experiência cinematográfica das PIORES da minha vida, que tive nesta semana... E olha que eu já assisti "Brazil, O Filme" e "O Grinch"!
Baixei o reboot de 2016 de Ghostbusters (porque, obviamente, eu JAMAIS pagaria pra ver essa merda no cinema. NÃO compraria o blu-ray, nem o DVD. E já acho um desaforo a grana que paguei de conexão de internet pra fazer o download.)

Por onde eu começo? Aspectos políticos, óbóbóvio!

---------- [CONTÉM SPOILERS PRA CARALHO! LEIA POR SUA CONTA E RISCO!] ----------

O filme é uma imensa propaganda feminista de baixíssima qualidade e de uma obviedade que insulta até mesmo o mais ilustre débil mental de esquerda. É a estória de quatro mulheres, desprovidas de beleza, sex appeal e carisma. Uma gorda, uma lésbica, uma negra e uma nerd mal vestida e necessitada.
Sacou que é um filme institucional vermelhinho e que lá vem historinha com moral, certo? Ceeeeeeeerto!
Se tem uma gorda e uma nerd feiosa, tem o quê? Você disse "Bulliyng"? Yey! Acertou!
Continuando...
A Gorda e a nerd necessitada são seres superiores, dotadas de uma ultra-genialidade-bestial, que querem explorar o paranormal e provar que fantasmas existem, porque foram bulliynadas quando crianças, ao dizerem que viram um desses espectros de fato.
A lésbica está lá só pra tocar o puteiro e explodir coisas.
A negra nem deveria estar lá, as outras não a queriam, mas ela forçou a barra e entrou para a patotinha feliz.
Aí tem os homens da trama... Comecemos pelo vilão. É um super-gênio-bestial que foi bulliynado quando criança e não aguentou o tranco, ficou putinho e resolveu destruir o mundo.
Perceba: elas são foda, aguentaram as agruras da vida de cabeça erguida. Ele não.
Tem o namorado da nerd. Um cuzão.
O reitor de uma universidade, que demite a nerd. Um cuzão filho da puta.
O reitor de outra universidade, que demite e expulsa a gorda. Mais um cuzão.
O prefeito da cidade e sua assistente estilo "amante troféu" (ela é uma "assistente" - leia-se "mulher não empoderada"), que fazem da vida delas um inferno. Mais cuzões...
Um investigador do paranormal que quer desmascará-las, um guia turístico covarde, um taxista grosso...
Percebe os machos opressores do patriarcado? Pois é...
E tem o recepcionista que elas contratam. Lindo, musculoso, sexy e, adivinhem? BURRO FEITO UMA PORTA! Elas o contratam por pena (e porque a nerd necessitada ficou molhadinha ao pôr os olhos nele), e passam o filme todo fazendo comentários condescendentes sobre a total incompetência do cabra.
Tudo gira em torno de quatro mulheres fodásticas que resistem bravamente às investidas malvadas dos homens dominadores e insanos à sua volta.
A coisa é tão descarada, que há duas situações em que as falas são descritivas:

Uma fala do vilão: "Por sorte, não sou o único buscando vingança. Atrás disto
estão milhões de almas. almas rejeitadas. Almas que veem o mundo
como realmente é: lixo. Lixo que deve ser limpado. A maioria [dessas almas] são homens."
E a caça fantasmas afrodescendente, cota/inclusão, quando dá um mosh no show de rock onde elas estão caçando um -ora veja!- fantasma e todos saem de baixo. Ela se espatifa no chão e diz: "Não sei se foi racismo ou porque sou mulher, mas estou muito puta!".

Patético...

Bom, vamos aos aspectos artísticos:

Não bastasse o que foi observado acima, ainda tem a péssima qualidade da obra em si. O roteiro é bobo, não tem qualquer resquício de inteligência, nenhum embasamento científico (sim, tinha que ter um mínimo de coerência científica!) e destrói qualquer aspecto do original. Os diálogos são simplórios, as situações de sitcom barato ofendem a inteligência e não servem nem pra entretenimento.
As protagonistas são sofríveis, pra dizer o mínimo. Um festival de neurastenia, histeria e interpretações (dói chamar o que elas fizeram de interpretação!) totalmente rasas.
O único personagem que se salva é o recepcionista bonito e burro, interpretado maravilhosamente pelo Chris Hemsworth. Foi o que me fez rir no filme.
Os efeitos especiais são ridículos. Quem aí lembra dos efeitos do "brain drain" de "Batman Forever", ou do "Mr. Freeze" (Arnold Schwarzenegger) de "Batman & Robin"? Pois é, daí pra baixo... bem mais baixo. Pelo menos, os dois filmes citados eram adultos! As alegorias do filme são infantilóides, idiotizadoras e mal feitas.
O CG do Stay Puft é TOSCOOOOOOOO!!! QUE RAIVA!!!
No final do filme, elas conseguem alugar a sede do filme original. Dá tristeza, sério! Eu deprimi total.
As aparições dos atores do filme original em "pontas" são geniais, as eu acho que eles não tinham idéia do que seria o resultado final, ou não teriam feito.
O filme rejeita COMPLETAMENTE a existência dos Caça-Fantasmas originais, mas ainda assim se apoia completamente em TODOS os elementos que fizeram sucesso nos anos 80: A sede "Hook & Ladder", Stay Puft, o "Geléia", "Zuul" (cena pós créditos), a placa "Ecto I", o logo Caça-Fantasma, as tomadas de NY de quando tudo começa a ir pro brejo, as frases "Que forma vocês querem eu eu tome?", "Quem você vai chamar?"...
E por falar na frase, que trilha sonora de MERDA!!! As versões da música tema são horrorosas!

E no fim dos créditos, vem a hipocrisia máxima: "TO HAROLD RAMIS". Eu quis morrer...

O filme original de 1984, era extremamente inteligente, tinha um humor refinado e divertido, havia embasamento científico, mitológico e histórico para o conflito do enredo e os diálogos eram primorosos.
As interpretações (agora sim!) eram incríveis, com personagens bem construídos e ensaiados, efeitos especiais de primeira (lembre-se que era 1984, em película e sem CG!).
Era um filme de suspense cômico. Te fazia grudar na cadeira de tensão. Ainda faz.
A secretária Janine Melnitz (Annie Potts) era inteligente, sagaz e perspicaz. Uma mulher tão foda, que chega ao ponto de dar um fora bem dado no Dr. Peter Venkman que o desconcerta e irrita, conversa em pé de igualdade (joga um puta xaveco!) com o gênio Egon Spengler e por fim, "pega" o impagável Louis (Rick Moranis).
A vilã/vilão "Gozer" é um(a) DEUS(A)! (Caralho, tem até referência transgênero na porra do filme original! E sem mimimi!)
Não há discriminação baseada em gênero, raça ou religião. O negro, Winston Zeddemore, é contratado sem qualquer tipo de discriminação ou pressão. Dana Barrett - uma mulher - é uma musicista brilhante...

Aí, leio no site adorocinema, que o original é machista... Façam me o favor e vão tomar no cú, ok?

Bom, desabafei #prontofalei e etc...

Na próxima eu coloco uma crítica legal, de um filme legal, por hora é isso.

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