terça-feira, 6 de dezembro de 2016

3% série, 97% Manoel Carlos...



Comecemos pelo enredo:

A série é um thriller futurista, onde as classes sociais (que supresa) são divididas entre os absurdamente afortunados e os pobres miseráveis (Engraçado, produção audiovisual no Brasil só sabe falar disso. É raro um tema diferente por aqui.). Existe uma espécie de "vestibular" que todos podem fazer ao completar 20 anos de idade, chamado de "o processo", que permite que 3% dessa população miserável (os aprovados na provinha) vá para o lado superméga afortunado. O resto, se fode e volta pro buraco, pro resto da vida.

Dito isto...

Não me levem a mal, a série tem seus méritos. (Trocadilho intencional aos fãs da série...)
O argumento está longe de ser original, mas é excelente! Bom pra caralho mesmo!!! E o final me surpreendeu, levando em consideração a falta de tradição na área "ficção-científica-futuro-distópico" do cinema da Terra Brasilis. Não vou falar mais sobre isso, posso acabar por dar spoilers. E EU ODEIO SPOILERS!
O elenco, eu imagino que seja bom (com a exceção de um ou dois ali, que são absolutamente sofríveis! Meu Deus, foi uma tortura assistir a essas pessoas em cena!), mas a minha impressão é a de que não houve qualquer resquício de direção para eles. Ninguém que coordenasse a composição das personagens e os dirigisse e ensaiasse apropriadamente. Não sei inclusive, se alguém sequer dirigiu as cenas... BRASIL, APRENDA: NÓS ATORES PRECISAMOS DE DIREÇÃO!!! Não é porque somos uns imbecis. Nós não somos.
É simplesmente porque, quem manja da linguagem e sabe o que quer como produto final, é o DIRETOR. Só ele vê o panorama completo. O elenco não.
Qual a maior consequência disso? Os atores não conseguiram se mesclar com a linguagem estética da porra toda.
Pense assim: Você assiste "GATTACA", mas o elenco está vivendo em "MARIA DO BAIRRO". Sacou o desastre?
E, falando em estética:
A parte do futuro superméga afortunado foi muito bem desenhada. Parabéns! Eu não usei "Gattaca" à toa. Me remeteu ao filme.
Já a parte pobre não teve a mesma atenção. Um futuro pós apocalíptico, fudido à la "Johnny Mnemonic" não deveria se parecer tanto com favela de novela. A impressão que fica é que eles gastaram tudo o que tinham pra fazer o futuro fodão e o mais importante, que era o pobre e verdadeiramente pós-apocalíptico acabou virando meia dúzia de trapos e uma maquiagem porca. MUITO PORCA!
Trataram tudo como novela. As produtoras tupiniquins precisam aprender outra coisa: SÉRIE NÃO É NOVELA, CARALHO!!! SÉRIE É CINEMATOGRÁFICA! É uma linguagem completamente específica, tirem o Manoel Carlos da cabeça, porra!!!

Concluindo:

Apesar de ter metido o pau em diversos aspectos da produção, eu gostei. O que dá mais dó é isso. Tanto potencial, tanta coisa boa poderia acontecer daí, mas cagaram em pontos fundamentais.
A trama empolga, os conflitos são muito bem estabelecidos (apesar das falhas na linguagem e dos atores fazendo "Malhação"), a resolução de todo o enredo deste "arco" e o gancho são MUTO INCRÍVEIS!!!
Fica a minha recomendação. Vale a pena assistir! Mesmo! Mas não espere nenhum "Gattaca"...

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Da série: Esquerdopata usando cinema pra falar merda.



Olha a imbecilidade dos retardados do "The Daily Beast":

"Finalmente, um filme Disney com uma princesa "de cor" como protagonista."

Estão se referindo à nova animação da Disney, MOANA, que se passa no Havaí.

Esclareçamos algo, aqui: Sob o ponto de vista da cor da pele, que é o que está em jogo aqui, o havaiano se aproxima MUITO mais do índio, árabe, do que do preto em si. Isso esclarecido, vamos ao resto...

Da esquerda pra direita, em sentido anti-horário:

1-PRINCESA TIANA, de "A Princesa e o Sapo" (2009)
A mulé é PRETA, gente. E está no centro da trama.

2-LILO, de "Lilo & Stitch" (2002)
Não é uma princesa, mas sim uma heroína Disney. (Se enquadra na mesma categoria da Esmeralda, de "O Corcunda de Notre-Dame", ou "Alice, de "Alice no País Das Maravilhas"...) Ela é havaiana, como a princesa MOANA. Então, amiguinhos, qual é o perrengue? Vão se foder, ok?

3-PRINCESA MULAN, de "Mulan" (1998)
Não tem laços com a realeza, mas é uma princesa Disney oficial. PRINCESA CHINESA.

4-PRINCESA Yasmin, de "Alladdin" (1992)
Sabe o Oriente Médio? Lá na ÁFRICA? Então... é o lar de Yasmin. Ela é princesa, está no centro e é "de cor".

5-PRINCESA POCAHONTAS, de "Pocahontas" (1995)
Princesa Disney. E INDIA. E pessoa real! (É a única princesa Disney inspirada em uma pessoa de verdade.)

E, pra falar a verdade, essa Moana aí, vai ser uma princesa do feminismo, do politicamente correto. Nem sequer vai ter príncipe, pra começar... Provavelmente, no segundo filme, ela já se mude pra NY e tenha um relacionamento lésbico com uma escritora-transgênero, preta, do cabelo azul...

Lhe incomodou que eu tenha me referido aos pretos como "pretos" o tempo todo neste post? Me considera um racista maldito?

Então assista a isto:


https://www.youtube.com/watch?v=fkb29JLmEuU

RACISTA É VOCÊ, QUE CHAMA PRETO DE "DE COR". Todos somos "de cor", seu imbecil filho da puta! A Tiana é preta, Lilo, Yasmin e Moana são "marronzinho", Mulan é amarela e Pocahontas é vermelha. Não importa!

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Veteranos da pesada!!!



"Ué... Sem legenda desta vez?"

Sim! Algumas vezes, temos que respeitar a máxima "uma imagem fala mais do que mil palavras".
O título desta postagem se refere tanto aos dois atores/mestres, quanto aos seus personagens.

À esquerda, o incrivelmente fodástico Michael Caine no papel de "Harry Brown" no filme homônimo, é um veterano reformado do corpo de fuzileiros de Sua Majestade, que vai à forra, depois do assassinato impune de seu melhor (e único) amigo.

À direita, o pica-das-galáxias Clint Eastwood no papel de Walt Kowalski do filme "Gran Torino", fuzileiro naval reformado, veterano da guerra da Coréia. Seu carro (o Gran Torino em questão) é roubado, o que o leva à se envolver com as gangues locais.

DOIS PUTAS FILMESSSS!!! Vale a pena pra caralho, nem que seja só pra ver esses dois em cena.

Agora: Imagina você chamando esses dois pra "cuidar" da sua vizinhança? (HÁ! Achou que não ia rolar a pergunta, né?)

Eu mandava eles pra um certo triplex...

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Jane Doe e Alex Parrish: dupla pra suspirar...



Sem mencionar que as duas são lindas que só vendo!
Duas heroínas-vítimas de duas séries fantásticas! Vale a pena conferir, nem que seja pra ficar babando na tela.
Em "Blindspot", a primeiríssima cena já conta com a nudez da maravilinda Jaimie Alexander... E em "Quantico", tá cheio de cenas da beldade gostosíssima (Miss mundo no ano 2000, vale mencionar) Priyanka Chopra! Fora o resto do elenco feminino... Tirando uma ou duas ali, o resto é de cair o queixo.
"Ui! Você é sexista, machista e mimimi, mimi, mimimimimi..."
Isto é um blog de homem, heterossexual e voyeur, que acima de tudo, adooooooooooooora a mais bela das figuras: a feminina.
Então, se tem mulher pelada, eu menciono, comento e babo. E babo. E babo de novo.
Meninas interessadas: Tá cheio de saradões sem camisa (e até peladões - de bundinha de fora) em "Quantico". É um desfile a bagaça...

Dito isto...

São duas séries thriller de ação/espionagem com enredo convencional. Aquela coisa de conspiração, traição, agentes duplos e o escambau todo...
"Então, o que faz delas séries tão boas?"
A narrativa. O modo como as estórias são contadas é muito foda! Eu curti muito!
"Quantico" relaciona os momentos de aprendizado na academia do FBI com os eventos presentes e como a protagonista reage a eles. Se passa em dois momentos distintos.
"Blindspot" tem seus eventos e conflitos narrados à partir das tatuagens da protagonista. E ela é TODA tatuada... Tem temporada pra caralho pela frente!

Ainda nessa pegada, tem "The Blacklist", mas essa fica pra outro post...

Assistam e curtam muito!

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Pra quem curte "Suits", "House" e séries do gênero.



À esquerda: Cal Lightman de "Lie To Me", interpretado excepcionalmente por Tim Roth, um dos meus atores preferidos! A série já foi cancelada, mas teve três temporadas magníficas.
À direita: Dr. Jason Bull da série "Bull", interpretado por ninguém menos que Michael Weatherly, o nosso eterno agente muito especial DiNozzo, de NCIS. A série é nova, está no seu sexto episódio da primeira temporada, mas promete muito!

As duas séries valem a pena pra caralho!

Indico ainda, "Conviction", na mesma vibe investigativa, mas é pra um outro post... Deixa eu encontrar um parzinho pra ela. Hehehe...

Stan & Ash - Dobradinha Infernal!



Só porque eu gosto de imaginar esse tipo de coisa...
Entendedores entenderão. Aos não entendedores, uma rápida explicação:

O cara da direita é Stanley Miller, da série "Stan Against Evil", encantadoramente interpretado pelo engraçadíssimo John C. McGinley. A série é nova, ainda na primeira temporada, mas com receita antiga.
E qual é a receita?
A mesma do cara da direita.
A diferença é que o cara da direita é o icônico Bruce Campbell, que interpreta magistralmente o - tão icônico quanto - Ashley "Ash" J. Williams (Quem aí não se lembra de "Evil Dead", ou, "Uma Noite Alucinante", em português?) de "Ash vs Evil Dead", série derivada do filme de 1981.
As duas séries são incríveis! Tenho um troço de tanto rir!
Sério, eu queria ver esses dois juntos em algum tipo de "episódio especial". De preferência, um de Natal...

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

GhostBOSTA!!!


I'm back, baby! YEAH!!!
O Fascista Bulímico, outrora denominado Nihilista de Bordel está vivo! Weeee!

E hoje venho falar de uma experiência cinematográfica das PIORES da minha vida, que tive nesta semana... E olha que eu já assisti "Brazil, O Filme" e "O Grinch"!
Baixei o reboot de 2016 de Ghostbusters (porque, obviamente, eu JAMAIS pagaria pra ver essa merda no cinema. NÃO compraria o blu-ray, nem o DVD. E já acho um desaforo a grana que paguei de conexão de internet pra fazer o download.)

Por onde eu começo? Aspectos políticos, óbóbóvio!

---------- [CONTÉM SPOILERS PRA CARALHO! LEIA POR SUA CONTA E RISCO!] ----------

O filme é uma imensa propaganda feminista de baixíssima qualidade e de uma obviedade que insulta até mesmo o mais ilustre débil mental de esquerda. É a estória de quatro mulheres, desprovidas de beleza, sex appeal e carisma. Uma gorda, uma lésbica, uma negra e uma nerd mal vestida e necessitada.
Sacou que é um filme institucional vermelhinho e que lá vem historinha com moral, certo? Ceeeeeeeerto!
Se tem uma gorda e uma nerd feiosa, tem o quê? Você disse "Bulliyng"? Yey! Acertou!
Continuando...
A Gorda e a nerd necessitada são seres superiores, dotadas de uma ultra-genialidade-bestial, que querem explorar o paranormal e provar que fantasmas existem, porque foram bulliynadas quando crianças, ao dizerem que viram um desses espectros de fato.
A lésbica está lá só pra tocar o puteiro e explodir coisas.
A negra nem deveria estar lá, as outras não a queriam, mas ela forçou a barra e entrou para a patotinha feliz.
Aí tem os homens da trama... Comecemos pelo vilão. É um super-gênio-bestial que foi bulliynado quando criança e não aguentou o tranco, ficou putinho e resolveu destruir o mundo.
Perceba: elas são foda, aguentaram as agruras da vida de cabeça erguida. Ele não.
Tem o namorado da nerd. Um cuzão.
O reitor de uma universidade, que demite a nerd. Um cuzão filho da puta.
O reitor de outra universidade, que demite e expulsa a gorda. Mais um cuzão.
O prefeito da cidade e sua assistente estilo "amante troféu" (ela é uma "assistente" - leia-se "mulher não empoderada"), que fazem da vida delas um inferno. Mais cuzões...
Um investigador do paranormal que quer desmascará-las, um guia turístico covarde, um taxista grosso...
Percebe os machos opressores do patriarcado? Pois é...
E tem o recepcionista que elas contratam. Lindo, musculoso, sexy e, adivinhem? BURRO FEITO UMA PORTA! Elas o contratam por pena (e porque a nerd necessitada ficou molhadinha ao pôr os olhos nele), e passam o filme todo fazendo comentários condescendentes sobre a total incompetência do cabra.
Tudo gira em torno de quatro mulheres fodásticas que resistem bravamente às investidas malvadas dos homens dominadores e insanos à sua volta.
A coisa é tão descarada, que há duas situações em que as falas são descritivas:

Uma fala do vilão: "Por sorte, não sou o único buscando vingança. Atrás disto
estão milhões de almas. almas rejeitadas. Almas que veem o mundo
como realmente é: lixo. Lixo que deve ser limpado. A maioria [dessas almas] são homens."
E a caça fantasmas afrodescendente, cota/inclusão, quando dá um mosh no show de rock onde elas estão caçando um -ora veja!- fantasma e todos saem de baixo. Ela se espatifa no chão e diz: "Não sei se foi racismo ou porque sou mulher, mas estou muito puta!".

Patético...

Bom, vamos aos aspectos artísticos:

Não bastasse o que foi observado acima, ainda tem a péssima qualidade da obra em si. O roteiro é bobo, não tem qualquer resquício de inteligência, nenhum embasamento científico (sim, tinha que ter um mínimo de coerência científica!) e destrói qualquer aspecto do original. Os diálogos são simplórios, as situações de sitcom barato ofendem a inteligência e não servem nem pra entretenimento.
As protagonistas são sofríveis, pra dizer o mínimo. Um festival de neurastenia, histeria e interpretações (dói chamar o que elas fizeram de interpretação!) totalmente rasas.
O único personagem que se salva é o recepcionista bonito e burro, interpretado maravilhosamente pelo Chris Hemsworth. Foi o que me fez rir no filme.
Os efeitos especiais são ridículos. Quem aí lembra dos efeitos do "brain drain" de "Batman Forever", ou do "Mr. Freeze" (Arnold Schwarzenegger) de "Batman & Robin"? Pois é, daí pra baixo... bem mais baixo. Pelo menos, os dois filmes citados eram adultos! As alegorias do filme são infantilóides, idiotizadoras e mal feitas.
O CG do Stay Puft é TOSCOOOOOOOO!!! QUE RAIVA!!!
No final do filme, elas conseguem alugar a sede do filme original. Dá tristeza, sério! Eu deprimi total.
As aparições dos atores do filme original em "pontas" são geniais, as eu acho que eles não tinham idéia do que seria o resultado final, ou não teriam feito.
O filme rejeita COMPLETAMENTE a existência dos Caça-Fantasmas originais, mas ainda assim se apoia completamente em TODOS os elementos que fizeram sucesso nos anos 80: A sede "Hook & Ladder", Stay Puft, o "Geléia", "Zuul" (cena pós créditos), a placa "Ecto I", o logo Caça-Fantasma, as tomadas de NY de quando tudo começa a ir pro brejo, as frases "Que forma vocês querem eu eu tome?", "Quem você vai chamar?"...
E por falar na frase, que trilha sonora de MERDA!!! As versões da música tema são horrorosas!

E no fim dos créditos, vem a hipocrisia máxima: "TO HAROLD RAMIS". Eu quis morrer...

O filme original de 1984, era extremamente inteligente, tinha um humor refinado e divertido, havia embasamento científico, mitológico e histórico para o conflito do enredo e os diálogos eram primorosos.
As interpretações (agora sim!) eram incríveis, com personagens bem construídos e ensaiados, efeitos especiais de primeira (lembre-se que era 1984, em película e sem CG!).
Era um filme de suspense cômico. Te fazia grudar na cadeira de tensão. Ainda faz.
A secretária Janine Melnitz (Annie Potts) era inteligente, sagaz e perspicaz. Uma mulher tão foda, que chega ao ponto de dar um fora bem dado no Dr. Peter Venkman que o desconcerta e irrita, conversa em pé de igualdade (joga um puta xaveco!) com o gênio Egon Spengler e por fim, "pega" o impagável Louis (Rick Moranis).
A vilã/vilão "Gozer" é um(a) DEUS(A)! (Caralho, tem até referência transgênero na porra do filme original! E sem mimimi!)
Não há discriminação baseada em gênero, raça ou religião. O negro, Winston Zeddemore, é contratado sem qualquer tipo de discriminação ou pressão. Dana Barrett - uma mulher - é uma musicista brilhante...

Aí, leio no site adorocinema, que o original é machista... Façam me o favor e vão tomar no cú, ok?

Bom, desabafei #prontofalei e etc...

Na próxima eu coloco uma crítica legal, de um filme legal, por hora é isso.